G1/RO, 17/02/2017 10h37
Às margens do Rio Jamari, com uma bela vista para o poente, o mirante do Espaço Cultural Marechal Rondon, em Ariquemes (RO), na região do Vale do Jamari, deixa de atrair visitantes devido a problemas de estrutura e segurança no local. O espaço, que fica situado no Bairro Marechal Rondon, está abandonado há anos, despertando sensação de insegurança e esquecimento nos moradores.
Conforme a Fundação de Cultura, Esporte e Lazer (Funcel), existem projetos para resolver as questões. O prazo para o início das mudanças é de dois meses.
No Espaço Cultural Marechal Rondon está localizado o Museu Rondon, a Casa da Memória, a primeira cadeia pública de Ariquemes e o mirante do Rio Jamari.
A vizinha do mirante, Daiane Araújo Santos, relata que gostaria de ver o local movimentado, com a presença de turistas e moradores interessados em conhecer a história da cidade, mas diz que na situação em que se encontra não permite que as pessoas visitem o local tranquilamente.
"O museu só abre de manhã e durante a semana, ou seja, nos horários mais difíceis para as pessoas virem visitar, além de lá dentro não ter exposições interessantes que atraiam de verdade a curiosidade, principalmente dos mais jovens", lamenta a mulher.
Outra moradora, que não quis se identificar, disse que no local da antiga cadeia deveria funcionar uma sala com cursos para a comunidade, mas que isso não acontece, pois o local está fechado. A Casa da Memória, uma pequena sala com estilo de capela, também está sem uso.
Junto ao mirante há uma área construída que foi reformada para abrigar uma lanchonete. No entanto, o prédio está sujo e com telhas e forros faltando. Atualmente, o local é frequentado por moradores de rua e usuários de drogas.
O presidente da Funcel, Flávio Silvestre, afirma que já existem projetos para resolver os problemas apontados pelos moradores, e que o prazo para o início das mudanças é de dois meses.
O presidente diz que aposta em parcerias para conseguir reverter a realidade do local. "Já conseguimos doações de madeiras para recuperar o mirante. A lanchonete será reformada por uma empresa que tocará o negócio e cuidará da manutenção do local", afirma.
Em relação ao museu, Flávio informou que por enquanto não é viável o seu funcionamento em horários alternativos, pois a procura é baixa devido à falta de atrativos. Ele conta que são poucas peças em um prédio com aspecto de abandonado.
Quanto à antiga cadeia pública, as instalações serão administradas por uma entidade que retomará os cursos no local. "A ideia é ceder a Casa da Memória para que artesãos possam vender peças produzidas pela comunidade local. Oficinas de costura, culinária e DJ também estão previstas para acontecer no mirante", disse o presidente.